ROTA Da cárcoda

S. Pedro do Sul

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Pontos de interesse:

Enquadramento local:

A 2 km a norte de Carvalhais, a 610 m de altitude em plena Serra da Arada, no chamado Outeiro da Cárcoda, encontra-se um dos mais importantes e bem conservados povoados castrejos do centro do Pais. O Castro da Cárcoda apresenta 27 casas a descoberto, algumas retangulares, outras ovais, distribuídas numa área de 10 hectares onde também se encontraram gravuras rupestres inscritas em cerca de 15 rochedos.

O topónimo Cárcoda pode ser uma deturpação de Cárcova ou Corcova, cujo significado foi interpretado como passagem encoberta ou porta falsa. Já a cultura popular fala de uma lenda relacionada a uma mina, a Mina do Bode, onde estariam guardadas riquezas imensuráveis feitas em ouro, ali escondidas pelos mouros e guardadas por um dragão em forma de bode. O acesso à mina estaria fechado por misteriosa e mágica porta, que só com rezas do Livro de São Cipriano aceitaria mover-se.

Descrição do percurso:

O percurso parte do centro de Carvalhais, permitindo a exploração do interessante conjunto patrimonial que envolve a Igreja Matriz. Os primeiros passos fazem-se em ambiente rural, por entre o mosaico agrícola de Carvalhais, do Reguengo e de Favarrel, antes de iniciar a subida à Serra da Arada por área florestal de produção de eucalipto.

Em Roçadas, na Capela de Na Sra do Resgate, as vistas são vastas e panorâmicas para os territórios a este e sudeste. À medida que se sobe a serra, o coberto vegetal de pinho vai dando lugar a uma densa vegetação arbustiva, pontuada por afloramentos graníticos. Lá no alto, onde o caminho não sobe, observa-se a despida Serra da Arada, com as suas múltiplas cores primaveris. No Monte da Cárcoda é possível fazer escalada em paredes equipadas para o efeito. Um pouco a sul, o Castro da Cárcoda merece atenta observação. Continua em direção ao Bioparque de Carvalhais e ao espetacular complexo de Moinhos do Pisão. No regresso a Carvalhais passa pela povoação do Písão e faz um desvio ao Prego do Sino, lugar imerso num extraordinário carvalhal e banhado pelas águas da Ribeira de Contença.

Algumas fotos do percurso:

Observações e notas extra:

A sua população terá sido numerosa, a julgar pela dimensão do castro e riqueza do espólio material escavado: utensílios em pedra polida, bronze e ferro; cerâmicas; moedas romanas; objetos de adorno em vidro; e uma viria (bracelete usada por homens) em ouro, encontrada a 500 m do castro, na Quinta das Roçadas. Já a sua ocupação remonta à Idade do Bronze Final, prolongando-se até ao período Romano, até finais do séc. III.

Normas de conduta:

Praticar caminhadas, em especial por trilhos na natureza, dá-nos algumas responsabilidades e cuidados especiais que devemos ter em conta!

  • Em percursos longos, planifique-o. Reúna previamente a informação disponível e necessária e certifique-se que termina a caminhada antes do anoitecer.
  • Não faça fogo.
  • Seja cortês com os habitantes locais e respeite os seus costumes e tradições.
  • Respeite a propriedade privada (feche portões e cancelas).
  • Não perturbe o gado e não danifique as culturas agrícolas.
  • Respeite a natureza, não recolha e/ou perturbe animais e plantas ou danifique formações geológicas.
  • Se encontrar um animal selvagem ferido ou debilitado, procure reencaminha-lo para um centro de recuperação de fauna selvagem.
  • Não deixe lixo ou vestígios da sua passagem.
  • Leve sempre água, mantimentos, protetor solar, roupa e calçado adequados e estojo básico de primeiros socorros.
  • Em algumas situações terá que transpor estradas asfaltadas, faça-o com atenção.
  • Circule pelos trilhos sinalizados e respeite a sinalização existente.